Estou escrevendo esse post há três dias e agora percebi que manter um blog não é fácil. Mas, na busca de registrar pensamentos e lembranças e torná-los inesquecíveis vou continuar o projeto com o tema Londres, como prometido, e o post de hoje falarei sobre os três momentos mais marcantes da minha viagem de 18 dias na terra da rainha:
#1 A chegada. Eu me lembro de estar tão nervosa no dia anterior do meu embarque que não conseguia nem comer! Minha barriga doía! Mas, também, não é para menos né? Eu estava programando essa aventura há pelo menos seis meses e seria minha primeira vez viajando sozinha! Depois de 14 horas dentro de um avião apertado, peguei o trem de Heathrow para Kings Cross e quando subi as escadas para o mundo "real" foi aquele choque! Deveriam ter filmado a minha cara, observando encantada os tijolinhos de St Pancreas e abismada com a quantidade de pessoas que passavam por ali.
Me perdi um pouquinho antes de me achar, e aí, segui minhas coordenadas: subi 1,6km na Pentoville Road em sentindo a Angel Station, achei a minha "casa" na River Street, deixei a mala de 20kg e troquei de roupa rapidamente. Voltei caminhando até Kings Cross e já com o Oyster Card em mãos, fui para o primeiro ponto turístico que me atraiu no mapa colado na parede do Undergroud: Westminister. Provavelmente peguei a linha circular amarela (a mais demorada) para chegar lá. Andei sem rumo, tirei umas fotos e curti o estilo da menina que apareceu na minha foto.
Me perdi um pouquinho antes de me achar, e aí, segui minhas coordenadas: subi 1,6km na Pentoville Road em sentindo a Angel Station, achei a minha "casa" na River Street, deixei a mala de 20kg e troquei de roupa rapidamente. Voltei caminhando até Kings Cross e já com o Oyster Card em mãos, fui para o primeiro ponto turístico que me atraiu no mapa colado na parede do Undergroud: Westminister. Provavelmente peguei a linha circular amarela (a mais demorada) para chegar lá. Andei sem rumo, tirei umas fotos e curti o estilo da menina que apareceu na minha foto.
Selfie na Horse Guard Road com a London Eye ao fundo. |
Trafalgar Square, as costas de Lord Nelson e o Big Ben lindão ao fundo. |
#2 O Festival. Assim que cheguei em Londres, minha hostess me indicou o Yplan, um aplicativo que mostra o que está acontecendo perto de você: passeios, atrações, bares, shows, etc. Baixei na mesma hora e já avistei um evento incrível: O Citadel Festival, onde tocariam Ben Howard (melô fofo) e uma banda que já gostava mas que me surpreendeu demais: Bombay Bicycle Club. Que sorte! Não poderia perder de jeito nenhum! No dia seguinte fui até a Brick Lane (sem saber que é um bairro super cool) para comprar meu ingresso. Só de entrar na Rough Trade é uma emoção à parte, mas ai já é assunto pra outro post.
E chegou o dia! Domingo, 12 de julho, o meu primeiro festival. O sol apareceu, eu combinei de me encontrar com a Ange, uma amiga querida que está morando em Londres e que por coincidência também ia no festival... And I couldn't be happier! Vestida de Le Atelier e botinhas, me encontrei com ela umas 17hrs e fomos de ônibus até o Victoria Park.
De novo, eu devia parecer uma criança de tão encantada com tudo aquilo. Bem cara de festival mesmo: amigos sentados no chão, meninas com os rostos pintados, todo mundo num estilo super cool, música boa rolando, chapéu mexicano e muito, mas muito amor! Tudo novidade pra mim.
Ange and I! |
Sunset at Citadel Festival |
De vela, tirando selfie com o chope. |
Depois foi o show do Ben Howard, lindo, romântico... Me fez sentir ainda mais saudade do meu amor, e perceber que o dia só não foi perfeito porque faltava a minha metade... E nessa mistura de sentimentos, o que sobressaiu foi a gratidão, em poder vivenciar um momento tão mágico como esse!
Magic London! |
#3 O primeiro dia de aula. Esse dia foi muito especial porque foi também o dia que visitei a exposição Savage Beauty, homenageando o estilista Alexander McQueen no Victoria & Albert Museum.
De ressaca e com a minha semi-profissional em mãos - que não valeu de nada pois era proibido tirar fotos- cheguei no horário marcado no meu tiket comprado há mais de um mês: 8:15. Estava caindo uma garoinha do lado de fora e eu nem imaginava a tempestade que me aguardava do lado de dentro.
Pois bem, já de cara, numa das primeiras salas a parede era toda revestida de um material imitando ossos... O que já bastou para me deixar animada... A música e as luzes me transportando aos poucos para a atmosfera criativa de McQueen. A exposição foi separada por temas, o que facilitou o entendimento da sua fonte de inspiração -os opostos- Selvageria e delicadeza, tecnologia e primitivo, sexualidade e religião, tudo posto em debate, formando poesia e redesenhando a silhueta feminina com a precisão de alfaiate.
Foto escondida, do famoso Armadillo Shoes. |
Enquanto observava suas criações, bizarras e excitantes, ao mesmo tempo tentando congelar aquelas imagens, só conseguia pensar: O cara era foda e já criou tudo! Não restou mais nenhum tema que já não tenha sido explorado por ele. McQueen materializou os aspectos mais profundos da mente e corpo dos seres: carne, cabelos, pelos, ossos. E isso é tão inspirador quanto amedrontador... A criatividade realmente não tem limites...
Mais uma foto escondida, so rebel! |
Saí de lá muito antes do que gostaria, não resisti em comprar o livro da exposição e nesse momento de êxtase nem senti a falta da minha companheira câmera... Ainda com toda essa euforia e admiração à flor da pele, cheguei ofegante (e atrasada) no hall de entrada na Central Saint Martins, onde Alexander se formou e eu passaria as próximas duas semanas.
Já tinha visitado o prédio há alguns dias e procurei a moça da recepção que me levou até a minha sala onde tinham mais ou menos 15 pessoas sentadas em volta de uma mesa grande. Após interromper o começo da aula, me apresentei e me juntei à turma para o curso curto "Fabric Awareness for Designers". A professora, uma senhora de cabelos brancos, médios, usando calça jeans larga e birken nos pés, me pareceu bastante séria e britânica. Aí, meu amigo, ela começou a falar... A primeira aula foi: loucura! Papéis, tesouras e amostras de tecidos para todos os lados... E o inglês britânico, no meu ponto de vista, é TOTALMENTE diferente do inglês americano. Me senti perdida e burra diversas vezes. Meu ouvido ainda não estava acostumado com aquele sotaque, help! Durante o almoço tentei trocar uma ideia com minhas colegas: travei, gaguejei, foi uó!
First class: wools. |
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